Por Andreia Alves – Diretora Executiva
Quando falamos em inclusão, é comum ouvirmos frases como: “Aceito todos como são.” Mas será que apenas aceitar é suficiente para construir uma sociedade realmente inclusiva?
Aceitar alguém é um passo inicial, porém a verdadeira inclusão vai muito além da tolerância — ela exige que valorizemos, respeitemos e criemos espaços onde cada pessoa possa se expressar de forma plena, autêntica e digna.
No Instituto Paulinho Reis, acreditamos que incluir é muito mais do que uma palavra — é uma prática diária. É ajustar o ambiente, adaptar a comunicação e repensar as dinâmicas sociais para garantir que todos, especialmente pessoas com autismo (TEA), TDAH, síndrome de Down e outras condições do desenvolvimento, sejam vistos por sua singularidade, e não por suas limitações.
Inclusão é Personalizar o Acolhimento
Incluir é olhar para cada indivíduo e se perguntar: “O que podemos fazer para que você se sinta pertencente?” Não se trata de exigir que a pessoa se adapte a um mundo que não foi feito para ela, mas sim de construir um mundo que acolha todas as formas de ser e viver.
Esse movimento começa com pequenos gestos que fazem toda a diferença, como:
- Ouvir com o coração aberto
- Ajustar nossas expectativas
- Celebrar habilidades únicas
- Criar oportunidades reais de participação
- Combater o capacitismo, que muitas vezes se disfarça em boas intenções
Inclusão Que Transforma Vidas
A inclusão que realmente transforma é aquela que reconhece que ninguém precisa mudar sua essência para ser aceito. É o ambiente que se molda, a sociedade que se abre, os corações que se expandem.
No Instituto Paulinho Reis, buscamos promover essa inclusão genuína em todos os nossos serviços, desde a intervenção precoce até o acompanhamento integral nas diversas fases da vida. Conheça mais sobre o nosso trabalho em acolhimento familiar e nas nossas terapias integradas.
Cada vez que abrimos espaço para as diferenças, abrimos espaço para um futuro mais justo e acolhedor para todos.
Um Convite para Construir o Futuro
Que possamos ser a ponte entre o mundo que existe e o mundo que desejamos construir — um mundo onde cada pessoa seja acolhida não apesar de suas diferenças, mas por causa delas.
A verdadeira inclusão começa dentro de nós e se multiplica em cada atitude, escolha e olhar.
Ao escolher incluir de forma autêntica, transformamos não apenas a vida de quem recebe o acolhimento, mas também a nossa própria. Respeitar o direito do outro é também encontrar uma melhor versão de nós mesmos — e o benefício é de toda a sociedade.